Cindy Kat - Vol 1
*Acabadinho de comprar...
Há muito tempo, com excepção dos The Gift, que não havia um projecto musical português que me entusiasmasse tanto como este dos Cindy Kat.
Está bem, está bem, estão lá os instantâneos da Sétima Legião, uma das minhas bandas de sempre... O Pedro Oliveira continua o mesmo, a cantar mal dizem, mas, por estranho que pareça, isso da voz nunca foi coisa que por si só me entusiasmasse num cantor, até porque prefiro a palavra intérprete. E neste, como nos trabalhos da Sétima legião, são as canções, o que dizem, embrulhadas nos sons que acendem aquela chama que nos puxa para a pista ou para onde quer que busquemos transportar-nos, o que importa. As letras são simples, com os temas recorrentes do amor, da alma, da perda, da saudade, da ilusão... Que são simples, não por si, mas pelos sentimentos que nos provocam. Há canções que complicam, há as que põem a nu, com uma simplicidade quase infantil, os nossos tormentos. Nem mesmo a faixa 7 (brilhante), o Miúdo, escrita e interpretada pelo JP Simões dos Belle Chase Hotel, mais retorcida, destoa do conjunto.
Depois acontece-me com os Cindy Kat o mesmo que com os Sétima Legião e os Heróis do Mar (outra banda de eleição) - um regresso à nacionalidade, ao ser português; A mim que para a música portuguesa necessaria e obrigatoriamente cantada em português sempre estive, e continuo, nas tintas. A música é de todas as línguas. E o projecto dos Cindy Kat, a começar pelo nome próprio e a acabar nos temas interpretados pelo Sam, é a prova de que o português ou o inglês ou qualquer outro idioma surgem naturais e sem complexos, ao contrário de outras bandas nacionais que superiormente se consideram por cantar exclusivamente em português (mas isso é matéria para outro post).
Não estranhem também se ouvirem sons familiares neste primeiro disco. Eu falo por mim, mas na quarta feira passada no Lux dei comigo a sentir os Joy Division, os New Order e até os Gene Love Jezebel... Mas isso sou eu, que ando sempre à caça de similitudes. Não é por mal, faz-me bem. Boa escuta.
*Edgar e Samuel: Sempre se encontraram ao pequeno almoço na FNAC?
4 Comments:
Não, não houve pequeno-almoço. Mas, como não podia deixar de ser, fui comprar o cd hoje e já passa - como diz a rádio - "em repeat" na aparelhagem.
Mas não arranjavam um nome melhorzinho? Cindy Kat??? Laus Deo!
Então?....
Será que os meus meninos da Gata Cindy já precisam de um SINDI-CATO?
Podemos começar já a recolha para as quotas..!!
Que tal uma troca? Eu gravo Tiga e tu gravas-me a Cindy?? Boa???
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