29.7.05

Francisco, é já a seguir

O Francisco é o único resistente na demanda do meu código. O tal que há séculos eu anuncio aqui ao lado vir a desvendar.

Só tenho uma razão para o atraso - falta de paciência.

Eu juro que na semana que aí vem publico a chave. Ou não me chame eu Cátia Alexandra.

Cota política do código

É uma cota mínima já se sabe. Quem por aqui anda há um tempo sabe que não me costuma dar para falar em política, embora a faça sempre que venho postar. Mas, tal como os políticos no Verão, também já devem ter notado que em mátéria de posts estou nos últimos tempos mais para o silly da season morta.

Tontinha talvez, nunca o desmenti nem confirmei, o mundo tem girado um bocado ao contrário neste lado do hemisfério conturbado em que abanquei ultimamente. A política é um dos paralelos, ou será meridianos (?), que me parece alterado. Dei comigo a pensar que o meu lado esquerdo anda em conversações com o lado direito, e que o meu coração está em vias de ser dilacerado numa espécie de guerra do bloco central.

Onde estava à direita, virei à esquerda, e onde caminhava seguramente na esquerda, encontrei desvios à direita.

Confusos? Também eu. Ou as placas informativas mudaram de sítio ou o Estado mudou de continente. Mas como diz o meu amigo britânico Duncan, Portugal sempre foi um país muito mal sinalizado...

27.7.05

Manhas

"A mulher faz o homem, e o homem faz a mulher"

Sempre ouvi dizer isto à minha mãe. O que ela quer dizer eu sei. Num casal, para os dois se entenderem e serem felizes têm de se aceitar e mutuamente influenciar de forma positiva para se levarem a bem. Ou seja, ambos têm a responsabilidade no sucesso ou insucesso da relação e ambos terão de acabar por fazer algumas cedências.

Certo. (A parte das cedências enerva-me).

Não contenho o riso quando penso que este provérbio tem muito mais que se lhe diga... Será que a minha mãe sabe?

26.7.05

Dor de liberdade

Foto do Photography Blog

A Cris está em Nova Iorque. Minha amiga de carteira na mesma escola de vícios públicos, minha amiga de banco nas longas horas de espera nos serviços de urgência em que coexistimos, aos atropelos, com mais uns milhões de seres. Minha amiga de trabalho, minha amiga de vida.

A Cris é livre e está finalmente na cidade que para mim representa a liberdade. Digo-o com uma ponta de inveja e com orgulho, porque a Cris ultrapassou uma barreira para lá estar - tão simples nestes tempos, em que viajar entre continentes, com saldos na net e agências aos pontapés, é mais fácil do que atravessar a IC 19, tão complicada quando se sente a dor de ser livre.

A liberdade dói e quem nunca o tenha sabido nunca foi livre. Dói tanto como a prisão, porque não apresenta desculpas para a inércia, antes exige o avesso - esgotamento de viver.

Correr até uma meta imaginária, abrir os poros, construir um não sei quê mesmo que se destrua um pouquinho de outra coisa, respirar sem medir o ar dos outros, mas também sem lhes tirar um dia de vida que seja, sentir que as obrigações são devoções, que o prazer foi ganho e não roubado.

Liberdade é saber o que fazer com o tempo, sem questionar se ele veio antes ou depois de qualquer coisa. O tempo é a única coisa que passa sempre à mesma hora. É uma questão de estar lá.

A Cris está em Nova Iorque.

Que o tempo te traga na hora certa minha querida.

20.7.05

Calor em bicos dos pés

Já chega, vai-te embora. Já não te posso sentir. Chega para lá. Faz-te à vida. Vai aquecer outras almas, que o meu corpo hoje já não te atura. Vai. Tenho as pernas coladas, as mãos parecem cola e o pescoço sinto-o enrolado em limos viscosos. Vai e volta quando eu te chamar.

19.7.05

Ela move-se

Dizia há pouco que estou com as rotações avariadas. Nem para trás, nem para a frente.

Isto incomoda-me.

Se me perguntassem agora mesmo qual é a pior doença do género humano, sem fazer distinções entre feminino e masculino, eu dizia de rajada: É ter a sensação de que se está parado, mesmo sabendo que não se está.

Perder conscientemente o controlo da nossa vida, repito conscientemente, é uma merda igual a todas as outras, com a diferença que cheira pior.

É como um estado de coma, daqueles relatados por sobreviventes que juram tudo ouvir e sentir sem se poderem mexer.

É como ver o jogo na mesa, ter uma mão cheia de ases e passar o jogo ao outro.

É como ter fome e nada satisfazer, nem um bife tártaro, nem um bolo de mármore, nem nada.

É como fazer dieta e a balança continuar na mesma.

É uma merda, restos podres da passagem das calorias pelo organismo. E cheira pior que todas as outras porque se alastra e tolhe a força dos sentidos. Porque a gente sente, a gente continua a sentir, a gente sente até mais do que nunca... mas não temos força.

E depois não há culpados. Não podemos culpar ninguém, o que é outra merda. Nem a nós mesmos.

Não é infelicidade. É só porque a terra continua em rotação e a gente faz de conta que se esqueceu disso. Tomara esquecer mesmo, ao menos os malucos não escrevem posts destes.

A fé não se explica

A M., o C. e a minha sogra ficam profundamente tristes, mas "de uma tristeza sem fim", quando não ganham o Totoloto ou o Euromilhões.

Cada sábado de desilusão para eles, "mas porque é que não acertei?" perguntam eles (acham normal?), não deixa de ser para mim reconfortante. Entre as minhas habituais exclamações de gozo, enalteço-lhes sempre a ousadia de pensarem alguma vez virem a ser o nome próprio da palavra sorte.

Ignoram completamente a regra das probabilidades, com uma crença inexplicável: acertar nos números de ouro não é uma coisa assim tão difícil e improvável quanto isso... Que gene lhes terá baralhado o sistema? Pergunto-me.

Eu, que ando sempre a reboque da minha imaginação, o mais longe que consigo ir é pensar no que faria com o dinheiro que eles "juram" que me vão doar... A M. até já tem uma listinha de felizes contemplados. Benza-a Deus.

Nunca se está completamente descontente

Não é verdade?

Pois que tenho a dizer que continuo muito bronzeada e que me acho gira à brava.

Elogios são como pão transformado em rosas. Não dão de comer, mas cheiram bem e não criam moléstia.

Nem para trás, nem para a frente

A minha vida avançou um bocadinho. Cheguei-me à frente, fiquei, stressei.

Que fazer quando a caixa de mudanças em H se revela afinal um círculo vicioso?

Destitui-me de querer, apesar de ter tantos, quereres (sempre quis muito e muita coisa), e ando na ilusão que o mundo me há-de levar.

E eu vou. Mas não saio. Nem para trás, nem para a frente.

A vida é uma coisa muito complicada, dizemos nós quando não sabemos o que mais dizer para não ficar calados. Digo eu. Calada não fico.

9.7.05

O efeito sedutor de uma bola de espelhos

Um dia hei-de ter uma. Dormirei feliz porque o meu mundo estará enfim na rotação certa.

Para a Lolita grafonola

Que música andas a ouvir?

O inquérito foi-me lançado pela Lolita há séculos... Hoje, finalmente, resolvi dar-lhe música.

Tamanho total dos arquivos de música no computador:

Zero... Não tenho nada no computador do trabalho. Lá trago de vez em quando uns Cd's e dantes tinha uma rádio no Cotonete que entretanto deve estar desactivada. No portátil que anda aos tombos em casa limpei tudo e proibi o marido de fazer 'downloads' que enchiam o aparelho de vírus e a co-dona de nervos.

Último disco que comprei:

Xiiiiii... Já foi há tanto tempo, mas lembro-me do último que me ofereceram - Depeche Mode "Remixes 81-04". Obrigada Francisco.

Canção que estou a ouvir agora:

À conta de um filme de gajas que vi ontem não me saem da cabeça "Tainted Love" dos Soft Cell e "You're So Vain" da Carly Simon...

Cinco canções que costumo ouvir frequentemente ou que têm algum significado para mim:

"Question of Lust" - Depeche Mode; "O Meu Lado Esquerdo"- Clã; "Live to Tell"- Madonna; "Love Will Tear Us Apart" - Joy Division; "Like a Child Again" - The Mission; Quase todas as dos James, mais umas quantas dos Manic Street Preachers, New Order e Blur, e algumas dos Suede e dos The Verve... A minha banda sonora original é extensa.

A música que mais me marcou este ano (até agora):

"Driving you slow" - The Gift

I will keep my helmet on...

Lema deste ano: Proteger-me.

Agora chega a altura de passar o testemunho:

À Objectiva, ao Clark, ao Toix e ao António... que devem ter uma cartilha de antiguidades... (pura provocação). E ao Francisco, para dar aquele ar de modernidade à coisa.

7.7.05

Pensamentos in vitro 20

E se de repente nos apetecer bater em alguém isso pode ser uma fuga à auto-flagelação.

Cuidado. Na maioria das vezes acabamos por sair feridos. Há dores que só nós podemos exorcisar. Uma chatice.

As belas e Os monstros insensíveis

Porque hoje pensei demais em coisas que me angustiam, fui de seguida bater à porta de um dos blogs machos que mais me diverte e dispõe bem - Vida de Casado.

Dei logo de caras com um post em que o autor faz o rol de algumas das características que as mulheres consideram que são parte integrante do nosso ser (homem) e das quais nunca nos conseguiremos livrar. Não resisti a fazer umas adendas à lista, mais verdadeira do que gostaria de admitir...

• Os monstros insensíveis nunca têm razão; Têm sim... Não perdem é muito tempo a explicá-la, acham sempre que elas devem adivinhar e amuam quando isso não acontece.

• Os monstros insensíveis são incapazes de mudar; Mentira. Mudam muito e aí é que está o problema. Mudam tanto e tão depressa que nem eles às vezes se apercebem. Não mudam é como elas gostariam.

• Os monstros insensíveis nunca vêem a perspectiva correcta das coisas, ou seja, a das mulheres; Depende se encontram uma mulher com pachorra para lhes explicar as coisas... Há monstros insensíveis que não têm sorte nenhuma.

• Os monstros insensíveis não se preocupam em tentar resolver os problemas; Os monstros mesmo insensíveis na maioria das vezes não dão pelos problemas, nem que tropecem neles.

• Os monstros insensíveis não são coerentes; A coerência custa a todos. Empate.

• Os monstros insensíveis só percebem que não têm razão quando nós choramos; Lá assustados ficam eles...

• Os monstros insensíveis quando parecem ter razão é porque de certeza que mudaram de assunto; Nunca ninguém disse que os monstros insensíveis são necessariamente burros...

• Os monstros insensíveis nunca sabem o que se passou na discussão que houve há três meses ou três anos ou noutra data distante no tempo; Um ponto a favor dos monstros...

• Os monstros insensíveis não sabem ler na nossa cara o que lá está escrito; Piada machista: Deve ser por causa do excesso de maquilhagem...

• Os monstros insensíveis julgam que nós adivinhamos os seus pensamentos; Eu adivinho, e não passo a imodéstia.

• Os monstros insensíveis não aceitam um porque sim ou porque não, ou seja, são densos; Eu acho que são transparentes...

• Os monstros insensíveis depois da discussão terminar pensam que podem ter sexo. Essa ainda é a melhor característica dos monstros. Quem não arrisca....

Pensei

Londres. Pensei numa 3ª guerra mundial. Pensei no pânico das pessoas a fugir no metro. Pensei na dor dos sobreviventes. Pensei na prima da G. que está lá a estudar. Pensei na angústia dos britânicos. Pensei que não vale a pena ter filhos neste mundo. Pensei que tenho medo e não consigo controlá-lo. Pensei no Bush, no Blair e em todos os políticos que contribuíram para o caos. Pensei nos fanáticos carne para canhão daqueles que se apropriam da religião para brincar aos poços de petróleo com os nossos políticos estúpidos. Pensei no petróleo e como ele dá um jeito do caraças quer se queira quer não. Pensei no que é feito do Islão e como o conseguiram desvirtuar. Pensei que estamos lixados e não podemos fazer nada (?). Pensei que tenho medo e não consigo controlá-lo. Pensei exactamente aquilo que os terroristas querem que eu pense. E não consigo deixar de pensar.

6.7.05

Serões à lareira na blogosfera

"A Canção de Lisboa", 1933

O tempo é de ouro. Passa sempre à mesma hora, e quem está está, quem não está estivesse.

Neste blog há alguém que vive a tempo.

Graças dadas à blogosfera que não precisa de editores, nem lançamentos na FNAC, mas se há blog que deveria ser livro antes de ser blog é este. O cinema português desde o tempo da "Canção de Lisboa", contado na primeira pessoa por um homem que por um acaso do destino enveredou pela profissão de operador de câmara e assistiu a alguns dos momentos e episódios mais emblemáticos da história da indústria que Portugal teima em desprezar. Oiçam-no. Ainda vão a tempo.

Cúmulos da inveja

Todos os dias há um. Cúmulos digo.

O último passou-se com uma amiga. Elogiada num jornal de referência por um não menos reconhecido, e controverso, opinion maker, as primeiras reacções não se fizeram esperar: "Olha lá, ele foi teu professor não foi?". Não foi. Nem nunca se cruzaram.

Nem só de amizades, confrades e afinidades ideológicas vive o reconhecimento pelo talento e pelo trabalho dos outros. Às vezes, só às vezes, há quem olhe para lá do 'hall' em que se costuma movimentar... Geralmente é nessas escapadelas que se descobrem as estrelas que brilham sem holofotes.

Caminhos de Santiago 3

Ser a namorada do Batman.

É o meu super herói. O Batman é o medo personificado, sem o qual não há coragem legítima.

Não tem super poderes, não é um E.T., está limitado ao efeito da gravidade, sangra, tem nódoas negras, não está imune à dor, não tem visão rx, os músculos não lhe nasceram de um momento para o outro e é capaz de passar muitas horas no seu ginásio... O Batman é apenas um gajo com muito medo a vencer e, por causa dele, muita coragem.

5.7.05

Boy Power

Há cerca de um mês, ou mais, o Olho do Girino lançou-me numa reflexão exaustiva. Perguntou ele na ocasião, a propósito das virtudes e do sucesso das séries "Sexo e a Cidade" e, mais recentemente, "Desperate Housewifes":

"Não se arranja um equivalente para homens?"

Acho que estou agora em condições técnicas de afirmar a minha resposta: Não.

O único argumento que avanço resume-se a uma constatação com síndrome de ovo de Colombo; O homem é e foi sempre - ainda o guarda-roupa e a boa língua das quatro gajas mais giras da TV estavam longe de desfilar nas ruas de Nova Iorque - o protagonista das séries de gajas.

Sõa elas que dão as cartas nas referidas séries, fazem 'bluff' e escolhem os trunfos, mas são eles, não há hipótese minha gente, que figuram nos naipes que estão em cima do argumento.

O sucesso das séries d'elas tem a sua razão de ser nessa guerra quase imperceptível dos sexos. Se não houver o gajo sobre o qual se exerce o poder, o poder esvai-se e com ele as audiências.

A haver um equivalente para homens teria a mulher de assumir o protagonismo subtil que uma "Cidade e o Sexo" e umas "Donas de Casa Deseperadas" dão aos homens... E convenhamos, em todas as pseudo-séries de gajos conhecidas a mulher ou é a co-protagonista ou um adereço, nunca o tal subtil fio condutor das estórias.

Epílogo:

Gajos, não se queixem e apreciem da bancada o mal que, mesmo sem saberem, conseguem fazer à cabecinha daquelas mulheres que falam de sexo e se queixam da vida... ah... e estão desesperadas.

4.7.05

Pensamentos in vitro 19

Blogs fiéis, pessoas feias. Blogs infiéis, pessoas bonitas?

O blog é uma tradução do autor. Se a tradução é uma arte, que não se leva à letra, um blog é tanto mais belo, quanto mais infiel ao autor.

O filósofo italiano Benedetto Croce, por exemplo, considerava a poesia intraduzível. A tradução seria sempre um outro original, uma identidade paralela.

Assim é um blog. Traduções infinitas da poesia quotidiana de que somos os protagonistas.

Subi o elevador a pensar nisto.

1.7.05

A minha relação disfuncional com o Sol

Nos últimos anos alistei-me na auto-proclamada e pouco discreta "Sociedade contra o Sol". A soldo de nada, a não ser da saúde e beleza da minha pele, que eu guardo como Deus nosso Senhor, na minha cruzada enfrentei os bárbaros que se expõem sem pudor ao astro maléfico, em poder das tábuas da lei, escritas por dermatologistas, esteticistas e fundamentalistas bem intencionados em geral.

Como todos os super-heróis (com o meu amado Batman à cabeça) eu tive uma razão pessoal, um trauma, uma motivação; Há uns cinco anos atrás, umas manchas de pigmentação começaram a invadir o meu rosto imaculado. A mim, que fui a precursora do uso do protector solar (desde os doze anos de idade), a mim, que aos 15 anos recebi das minhas amigas o primeiro kit anti-envelhecimento, a mim, que não me importo de vestir uma saia da Zara por 15 euros, mas que para um hidratante facial dou desavergonhadamente 80 euros se for preciso (já foi...).

Mas Deus, que me deu a pele boa e um senso ainda melhor, deu-me também a sensibilidade. Hipersensibilidade, melhor dizendo (e não se ficou pela pele).

Só para terem uma ideia do castigo divino, por cima do meu lábio superior (o buço), a mancha era tão sacaninha que me fazia parecer ter um bigode digno de um republicano. E nas bochechas comecei a ganhar falsas sardas... Entrei em pânico.

O dermatologista deu cabo do resto. Ah... essas manchas são muito difíceis de desaparecer. O seu problema é excesso de pigmentação (estava explicado o meu bronzeado TGV). Não pode apanhar Sol durante uns bons tempos. Isso nem era preciso ele dizer, o Sol já era o meu inimigo número um. Ainda ouvi o doutor dizer: Mas olhe que a sua pele é óptima, com a sua idade já é normal ter rugas. Obrigadinha, mas o meu coração estava manchado.

As manchas acabaram por alastrar ao cérebro. Ensandeci. Sonhava acordada com cancros de pele e aterrorizava o sono dos outros com as minhas apocalípticas visões sobre o futuro da humanidade que em breve começaria a derreter e/ou esturricar ao Sol.

Nunca ninguém me deu muita atenção.

É claro que nos últimos anos rejeitei sempre a aparência latina da Jennifer Lopez e argumentei com a alvura divina da Nicole Kidman, sob a máxima- o bronzeado está fora de moda.

...

Cinco anos depois:

Admiro as morenaças e as branquelas. Um mulher não se mede pelo tom de pele.

As manchas desapareceram com a abstinência solar e o uso de despigmentantes recomendados pelo doutor.

Aumentei o factor de protecção para 90 (é o máximo que encontrei no mercado, uso diariamente, de Verão ou de Inverno, o da Uriage, para quem possa interessar).

O meu marido diz que a minha cara é um espelho reflector, que qualquer dia encandeio as pessoas e provoco uma queimadura ao próprio Sol.

Consegui, vencendo-as pelo cansaço, convencer as minhas amigas (algumas...) que o melhor anti-rugas que existe é protegermo-nos do Sol, sempre.

...

E sim. Baixei as armas. Fiz as pazes com o Sol. A relação continua a ser de desconfiança, mas este Verão ele subiu na escala de prazer do meu corpo.

É por isso que estou toda contente com os meus ombros, a minha barriga, as minhas pernas, o meu colo, o meu nariz tostadinhos. Às horas de consumo económico e com muito protector, é claro, a minha relação com o Sol melhorou a olhos vistos...