Donas de casa
Pelo que vi na Ophra, a secretária de estado dos assuntos de gajas nos EUA, e minha privilegiada fonte, "Desperate Housewifes" é a história de cinco mulheres que se ocupam exclusivamente dos seus lares num típico subúrbio americano de classe média alta. Tudo começa com o suicídio de uma amiga de profissão, a indiciar que algo vai mal no reino dos jardins aparados, das tartes e das cortinas floridas. Há a tarada, a divorciada sensível, a perfeccionista, a rica insatisfeita que se delicia com o jardineiro mais novo e a que já foi uma executiva de sucesso. Nos EUA a série é já tão indispensável como o aspirador.
Quando ouvi uma das protagonistas dizer que esperava que "Desperate Housewifes" fosse para as donas-de-casa o mesmo que o "Sexo e a Cidade" foi/é para as solteiras (?) fiquei apreensiva, desconfiada e com vontade de dizer mal a partir do primeiro episódio, só para não se armarem. Ser solteira é giro, nem que o seja apenas intermitentemente, mas ser dona-de-casa é, até na América, aborrecido e inglório. Mesmo sabendo que existem mulheres que o desejam ser por vocação, a condição de desesperada é inevitável na profissão mais antiga do mundo (ex-aequo...).
Quando cá chegar vou ver. Só espero que as tropelias e as aventuras destas donas de casa não venham a dar razão a alguns homens que conheço que com a verdade nos querem enganar e dizem: "Quem me dera ser dono de casa. Grande vida". Este desejo oculto deles só revela a injustiça de que são alvo as verdadeiras donas de casa, ou gestoras do lar como já lhes chamam.
PS - Há uma dona de casa em cada uma de nós. E assim nos tramaram.
2 Comments:
Tu tás proibida de ver a essa senhora que tem um talk-show e um rabo do tamanho do Mundo (como o Ego dela)! Dedica-te à RTP memória!
Do you think avian flu is going to be a problem ?
I heard it would hit USA & Canada this fall.
Is there anything to the avian flu panic ?
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