14.1.05

Transmontanos são fogo

Quis o destino que eu hoje estivesse, durante um bom trio de horas, rodeada de transmontanos. Apesar da monumental seca, inerente a actos mais ou menos solenes, a que por atalhos profissionais fui conduzida, acabou por ser divertido. E porque não? Já que não posso estar numa festa em Nova Iorque, porque não aproveitar uma festa transmontana em Lisboa? Deus dá eu aceito.

Falo de uma comemoração da casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Devo dizer que a direcção da prestigiada associação devia apostar na entrada de sangue novo, mas os velhos presentes deram bem conta do assunto. Gente inflamada aquela que veio do frio!

São casmurros, empenhados, trabalhadores, amigos, nobres de carácter, levam tudo à frente quando os azucrinam e pelam-se por um bom convívio. Costumo assemelhá-los, com as devidas distâncias "geo-politico-socio-ideológicas", aos alentejanos; Acho que fazem fronteira pelo lado da casmurrice, amizade e convívio.

Lisboa não seria a mesma sem os muitos alfacinhas-transmontanos, alentejanos, beirãos e demais representantes das províncias. Aqueles que revivem o passado e as suas origens nesta cidade, fazem-nos lembrar que Lisboa continua a ser, apesar de tudo, um bom porto de abrigo.

Nota de rodapé: As más línguas, uns amigos meus do Norte, dizem que em Lisboa só se comem croquetes e bebem-se galões, ao balcão e a correr... Nah! Já comi muito bem nesta cidade, graças também aos alfacinhas que não são de gema... Hoje então comi uns produtos barrosãos bem bons.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Essa das comparações, alto aí!!! nem a biliões de anos luz.

12:57 da manhã  

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