13.1.05

"Essas modernices..."... "Esses enleios... "

Este post é uma embrulhada, porque nem sei como hei-de começar.

Vamos ver...

Recebi há pouco um telefonema de um homem que me disse que já tinha decifrado o Código. Convenhamos que é para ficar surpreendida. Estava longe de adivinhar quem era o dono daquela voz grave (por acaso fica ele já a saber que tem uma bonita voz... Vá aproveite que isto não é assim todos os dias da minha parte, normalmente sou má).

A voz era de um confrade com quem mantenho boas relações na "blogaria" - eu visito-o e ele visita-me, regularmente, e ainda nos comentamos. Tudo on-line já se sabe. Como ele deu com o meu contacto é enredo que não interessa agora, porque envolve terceiros.

O problema, que não é problema nenhum, é que eu não estava a contar com o telefonema. Acabei por ser apanhada por causa da "rede", mas sem rede... Faz sentido?

Não sei se ele reparou, mas fiquei um bocado encabulada. Mais infantil tudo isto parece, se tivermos em conta que já nos tínhamos conhecido num jantar organizado pelo Tadechuva, em Setembro passado.

Aliás, conheci-o a ele primeiro que ao blogue... (só que ele não sabia o meu nome, e estava muita gente, e muito barulho e muitos copos...)

E é aqui que entra a parte da minha querida amiga F. que suspeita muito destas coisas do 'on-line'... "Essas modernices", ou "esses enleios" como também gosta de referir, são um perigo, diz ela.

A F. é do mais conservador que há em matéria de conhecimentos que não são cara a cara. Faz-lhe confusão o mistério e a abertura a que os interlocutores se dão, escrevendo mais do que alguma vez diriam em presença.

A F. tem razão.

Somos despudorados na escrita. Por isso é que uma vez disse aqui, e passo a citar-me: «A escrita revela mais de nós, do que nós, os próprios».

Isto é de facto um perigo, porque depois quando nos encontramos frente a frente, ou mesmo ao telefone (o que para mim ainda é pior), sentimo-nos mais ou menos como as estrelas de cinema que são apanhadas na rua sem maquilhagem e com os sacos do supermercado.

Moral da história: Este post é mesmo uma embrulhada e quem escreve nos blogues nem sabe no que se mete. O melhor é andar sempre preparada para a festa, não vá ser apanhada na rua mal vestida.

6 Comments:

Blogger Lolita said...

Nessa eu já não sou apanhada! Nunca se sabe o que posso encontrar na próxima esquina, no próximo Blogue ou quem me entra pelo Messengem com um simples: Alô!

6:58 da tarde  
Blogger mjm said...

Com esta tive que me rir :)))
Sem dúvida, uma história bem contada e que teve um final feliz (?). Mas por vezes a coisa não é fácil. Esse despudor de que falas, quando não é assim tão evidente, e apenas existe de um dos lados do receptor, pode causar imensos dissabores... Sobretudo para quem usa estas "modernices" para fins "antiquados"...
Kisses da baby (descodificada) ;)

1:44 da manhã  
Blogger AS said...

Ó Lolita, tu és tão distraída que ficas "apanhada" sem dar por isso... ;))) Ainda por cima, clicas mais depressa do que pensas. :)))

Zeca... Eu acredito que estou rodeada só de boa gente! :)

2:52 da manhã  
Blogger AS said...

Clark, pois é nisso que a gente se entende. É que eu não tenho medo nenhum de esquinas, gosto muito mais de dobrá-las... que seguir a direito pela auto-estrada.;) O único problema, que não é problema nenhum, é que às vezes vou distraída, e com a roupa de trazer por casa, e bato com o nariz na esquina. ;) E sou tímida, embora ninguém acredite.

3:00 da manhã  
Blogger AS said...

Baby... Sabias que eu só acredito em finais felizes? É a mais recente corrente de pensamento filosófico a que aderi: Se não acabou bem, é porque não acabou. Como todas as correntes, tem os seus defeitos e excepções, mas ainda assim é uma bela teoria. Neste caso em concreto, a história terminou bem e espero que tenha continuação, pelas vias "modernas" ou antigas. :)

3:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Epá! Isto faz-me lembrar quando eu era pita e passava a vida no mIRC a falar com gajos que marcavam encontros e tal...
Só caí no erro de ir a esses encontros umas duas vezes. A sensação não foi nada boa e não gostava nada de repetir a experiência.
Acho que nesse campo tenho a mesma opinião que a F., ah pois tenho!

11:02 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home