2004 em revista (5)
Todos os meus amigos, de A. a Z. são os meus heróis. A minha família, nuclear e ínfima célula em que me apoio, é a minha heroína. Sem eles não vivo.
Pessoas, pessoas, pessoas. Adoro pessoas. Adoro conhecê-las, detestá-las, amá-las e tornar minhas amigas as que considero valer a pena. Jamais entrarei nessa de "prefiro os animais". Nunca. Prefiro o toque humano de uma boa alma em cada dez infames, que o consolo de um ser de quatro patas que nos vai lamber os pés.
2004 foi péssimo, péssimo, péssimo e péssimo, e sei que neste pensamento não estou sozinha, mas para mim se alguma coisa há que guardar dele é a confirmação das verdadeiras amizades e do amor que recebi enquanto filha, amiga, irmã e mulher.
Foi também em 2004 que me tornei madrinha e mais 4 vezes tia: Rodrigo, Clarinha, Tiago, Gonçalo e Filipa são do mundo, mas vieram a ele através de amigos que são meus.
2004 encerrou igualmente um ciclo de sete anos, bem como outros ciclos satélites, uns mais pequenos, outros mais longos do que desejaria, que me deixaram um imenso vazio. Quem me lê, sabe que por vezes até a tristeza ou uma situação que nos é prejudicial nos preenche e nos faz falta; Quando desaparece, ou quando temos de a fazer desaparecer, sofremos que nem uns condenados, porque não sobra nada. Com o tempo, deixamo-nos seduzir pelo prazer de preencher esses vazios... E esse prazer já começou!
No início deste 2005, a febre da mudança tomou conta de mim. O termómetro ainda não subiu, mas eu sinto já aquela moinha no corpo que não me deixa sossegada...
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