Post de iluminação
Há quem julgue que pensar a política é falar sobre intrigas palacianas, partidos, eleições e partidários. Não é. A política é uma arte quotidiana. Saia ela à rua, fique em casa, beba uns copos ou vá ao cinema. Política será sempre convencermos os outros do que fazemos, ou não, podemos simplesmente dispensá-los dessa investida, que ainda assim estaremos a fazer política.
Há quem pense que é muito importante ouvir debates, onde os comentadores de serviço se divertem, mesmo em cima do país e do nariz dos portugueses a jogar ao Monopólio e ao Risco: “Ele ainda tem trunfos, ele ainda tem apoios e pode dar a volta por cima desta crise, ele saiu muito mal desta história, tem de adoptar outra estratégia...”. Eu também os oiço de vez em quando, mas acho muito mais importante o contributo para a história de Portugal (se é que ela ainda interessa a alguém) das “bacoradas” que escuto da boca das gentes desvairadas que andam à toa neste tabuleiro rectangular, que ainda é uma nação. Os peões de serviço já não sabem onde ir buscar “ases” para continuar em jogo, enquanto os teóricos televisivos se divertem na mesa de apostas e ensaiam uma espécie de “stripp poker”.
Agora não me lembro de mais nenhuma coisa séria para dizer. Quando me lembrar digo, mas se não o fizer estarei ainda e sempre a fazer e a pensar a política. Não me faltam fusíveis.
1 Comments:
A mim é mais dos fuzis que sinto falta agora. Mas já esburaquei o quintal todo e não dou com o sítio onde os enterrei.
Enviar um comentário
<< Home