12.5.05

Deus fica-nos tão bem

Neste filme, a personagem interpretada pelo magnífico Travolta, na foto com um dos seus exuberantes robes (por favor vão ver!), está convencida de uma coisa:

"Eu conheço Deus e Deus conhece-me."

A frase transcreve a presença que Ele sempre tem nas causas perdidas (a personagem de Travolta é quase um causa perdida), seja por via da veneração ou da negação (revolta). Deus serve de desculpa para tudo. A indiferença é luxo a que só os ateus se podem dar. (Serão mesmo indiferentes? Serão mesmo ateus?)

Dizer conhecer Deus e ele conhecer-nos, é a mesma coisa que dizer sermos Deus e conhecermo-nos através d'Ele.

Eu penso muitas vezes assim. Sossega-me. Está tudo bem: Ele sabe como eu sou, eu e Ele cá nos entendemos. Ele e eu confundimo-nos.

É a consciência apaziguadora de Deus. Ele não me castiga, Ele conhece-me. Ele sabe porque é que eu fiz isto, e não fiz aquilo. Eu contorno as doutrinas, mas Ele sabe porquê.

Sabe bem.

Frequentemente, perguntam-me os amigos mais cépticos (ateus?) como é possível falar com Ele, se Ele não responde.

Depois do filme com o Travolta cheguei a uma conclusão: Falar com Deus é falar comigo. A resposta também está em mim, mas está sobretudo nos outros, n'o próximo.

3 Comments:

Blogger Amora Silvestre said...

Nas inúmeras "travadinhas" que me vão dando ao logo da vida, já me aconteceu olhar para cima [é suposto Deus estar "lá" em cima] e gritar "olha lá, ó meu grande Filho da Mãe, o que é que eu te fiz para receber isto em troca?". E nunca me caíu um tijolo na cabeça. Concluo, então, que se ninguém atirar, o tijolo não cai. Ok.
De facto, esta palavra "Deus" existe dentro de cada um de nós. E não se move por ele próprio, move-se através de nós. Pessoalmente, a mim, Deus fica-me muito bem!
Belíssimo post!

7:52 da manhã  
Blogger Pete said...

Conversas comigo ou conversas com Deus, são exactamente a mesma coisa, tudo depende daquilo em que eu acredito, daquilo que eu sinto e das palavras que eu escolho para o descrever. "Deus" é apenas uma palavra que está no Dicionário, agora acreditar e "conversar com Deus" já é uma coisa completamente diferente. Se me apetece posso chamá-lo de caneta ou bloco em vez de Deus. Na minha modesta opinião aquele que acredita em si próprio é aquele que mais acredita em Deus. E não é preciso ser-se um católico fervoroso para se ser um crente.

10:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Nem tudo é branco ou negro, duvido que não conhecas a palavra agnóstico e o seu significado.

11:02 da manhã  

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