Penitência
Já aqui expus, "previous on Código de Santiago" (como se diz nas séries americanas), a neura que me tem tolhido nos últimos dias. Afagam-na os dias de férias que tirei para arejar a cabeça e os armários lá de casa. Arrumações são a minha terapia (penso que esta faceta já fez estória noutros episódios deste blog).
Até aqui tudo bem. Não obrigo ninguém a aturar-me.
Mau é insultar quem não tem culpa nenhuma.
Hoje, depois de uma visita retemperadora a Sintra, decidi que era dia de penitências. Algumas são inconfessáveis, é que, mais uma vez, por obrigação só o Banco sabe da minha vida toda e me pede contas dela (também a minha relação disfuncional com o Banco tem sido matéria do guião deste blog).
Penitências confessáveis hoje:
"Sim mãe. Tens razão, toda a razão. Ainda bem que trouxe casaco hoje. Em Sintra faz muito frio. Tu é que sabes." Verdade-código-verdade. Aqui a acalorada tinha enregelado sem o dito trapinho de mangas compridas. Micro-climas que fogem da minha alçada, já se sabe.
"Desculpe lá Vida de Casado. Não merecia um post mal disposto feito a martelo numa madrugada. O que sente é tão bonito como o feio que talvez eu lhe pareça sentir." Ainda por cima, este casado respondeu-me não com duas pedras mas com uma flor! Assim, até eu gostava de ser mãe dele! Calma!... Basicamente eu continuo a achar o mesmo que escrevi, mas o que ele diz também é muito bom de achar.
Há uns tempos ouvi na televisão, a determinado momento de uma série ou de um filme de que já não me lembro, que um casamento tinha falhado porque os dois tinham deixado de cuidar um do outro. Cuidar um do outro. Até eu que tenho mais queda para ser filha e menos caída para ser mãe, fico agora quietinha, espojada neste post, a acertar o compasso com esta 'dica'. Ovo de Colombo? Não sei. Acho que é mais para não contarmos com o ovo no cu da galinha.
"Next on Código de Santiago", dois Pai Nosso.
2 Comments:
Como me andas a deixar mal visto (como um gajo demasiado sensível) e eu tenho uma suposta reputação de machista a manter, venho por este meio informar que só escrevi aquilo, porque me esqueci do seu aniversário e foi uma forma de ver se ela me desculpava.
Digamos que o resultado não foi dos melhores mas pelo menos não dormi no sofá ;)
Parei aqui para reler novamente o texto.
"...que um casamento tinha falhado porque os dois tinham deixado de cuidar um do outro. Cuidar um do outro. ..."
Sabes, a finalidade do casamento, é essa mesma!
Não são filhos, não são as férias, não são os bens materiais que se vão juntando aos longo dos anos... a finalidade é mesmo cuidar um do outro.
E, olha, que eu sei do que falo...
Um dia, os filhos crescerão, sairão para as suas casas, terão a sua própria família...
E os Pais?
Cuidarão um do outro, para não dar aborrecimentos aos filhos...
Numa fase de mudança da minha vida, em que eu eu estava decidida a mudar radicalmente a minha vida, descubro que o meu marido, sofre de esclerose múltipla...
Adivinha quem está a cuidar dele, há quase seis anos?
Um abraço :-)
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