1.2.06

cuspir verde

Uma amiga minha louca varrida anda, disse-me, a "cuspir verde". A mulher é doida pelo Sporting e no último fim de semana, precisamente à hora que escolhi para ir ver o "Orgulho e Preconceito", numa sala de cinema meia cheia de gajas enfadadas e de professoras do liceu, esteve vestida de verde frente ao televisor a ver se as águias apanhavam uma gripe das aves que lhes tolhesse os movimentos...

Já tinha desistido de compreender o que a motiva, eu que estou para o futebol como um esquimó para um frigorífico combinado, até que ela me contou no msn que anda a utilizar a sua euforia verde para seduzir os colegas de trabalho - sportinguistas, benfiquistas, portistas...

Confidenciou-me que vai aos blogues de futebol e aos sites desportivos colher umas boas tiradas sobre os jogadores e os passes de bola, junta-lhes umas poses femininas e goooooooooloooooooo... à mesa do almoço está rodeada de gajos a babarem-se.

Finalmente percebi que a relação de algumas mulheres com o futebol é uma jogada de meio campo para atingir o adversário... A minha amiga tem saído claramente uma vencedora. O efeito da sedução dura pouco mais que o efeito ensurdecedor do derby lisboeta, mas ela também me confidenciou que não pretende mais do que isso... É a vantagem de ter muitos campos de jogo e a bola ser sempre, e só (graças a Deus), ao fim de semana.

2 Comments:

Blogger johnny handsome said...

Sim, aparentemente a amiga "talks the Talk" mas..."Can she walk the Walk???"
Saber de futebol não é só vestir a rigor e dar uns palppites à treinador de sofá. É ir duas horas antes para o campo comer umas sandes de couratos e beber umas imperiais com a tribo, é seguir o clube nas deslocações, é mijar amarelo quando ele perde e ficar de cama...Enfim, é muito difícil manter um disfarce destes. Eu, por exemplo, fico-me pelos couratos e as imperiais...Depois regresso a casa sem entrar no estádio...

8:30 da manhã  
Blogger Roxanne said...

Eh eh eh eh eh
Não é preciso "walk the walk" que ela não quer deixar de ser uma rapariga, com o devido distanciamento feminino da "bola". Trata-se apenas de uma estratégia de aproximação e não de um disfarce, nunca deixa de estar ali uma rapariga, só que até sabe os nomes dos jogadores e tal, o que lhe dá alguma piada e desperta a curiosidade.
Mas atenção meninas: não funciona para todas nem com todos, e mais importante: não tentem isto em casa.
:-)

12:50 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home