as amigas, os namorados, os maridos, a fidelidade e a insegurança inimiga dela
"A fidelidade não pode significar falta de oportunidade".
A frase é roubada à Roxanne e é superior a mais considerações sobre o assunto. Evoco-a para encimar uma das minhas regras de trânsito pela vida e, com ela, pelas relações.
Tenho amigas giras, uma delas é a Lolita. É alta, magra, tem bom gosto a vestir e tem bom coração. É boa e é uma gaja boa. A Lolita já sentiu na pele (se calhar não se apercebeu, porque é boa, além de boa) a inveja feminina, tão menos grave quanto mais decorrente da insegurança daquelas que destilam aquele sentimento infame.
Falo da Lolita, não porque este post seja sobre ela, mas porque a ela atribuo, neste post, o exemplo maior da minha perspectiva sobre o ciúme e o medo da infidelidade. Se homem novo houvesse, ou houver, na minha vida (porque o velho já conhece bem a Lolita e por ela nutre uma amizade quase fraternal), a Lolita seria das primeiras de todas as minhas amigas a apresentar-lhe. Primeiro porque ela merece e o seu olhar sobre as relações alheias é dos mais limpídos que conheço, segundo porque é essa a minha maneira de estar, na amizade e no amor. Homem que comigo esteja só porque não encontrou mais alternativas é um perigo. Amiga que comigo esteja com medo do efeito que eu possa ter no seu homem não é digna de mim, porque é fraca.
Fechar os olhos ao mundo, manter a cadeado o objecto do nosso sentimento e protegermo-nos nós próprios com vendas e sete chaves são atitudes demasiado cansativas e castradoras, que não nos merecem nem nos fazem merecer.
Ainda me lembro de há uns anos, pré-noiva, estar numa festa do curso do meu marido, cheia de colegas dele, alguns bem atraentes, e o meu pré-noivo perguntar: "Estás a olhar para onde?". Eu respondi-lhe simplesmente: "Estou a olhar para aquele teu colega que é giro. Porquê?". Ele nem respondeu. A resposta da minha fidelidade estava mais do que dada e, felizmente, não era por falta de oportunidade.
4 Comments:
Olá,
Ainda não percebi a insistência monogâmica (valor patriarcal) da mulher "emancipada" da sociedade ocidental.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Se ainda não conheces o meu é por falta de tempo (da parte dele! Só escolho gajos ocupados!)... Que vontade de apresentar não me falta! ;-)
No dia em que eu discordar aqui de alguma coisa vai ser um dia feliz, não pelo simples facto de discordar, mas ao menos não me torno repetitivo nos comentários.
Também concordei bastante naquela parte em que se diz a Lolita isto, a Lolita aquilo, boa, etc.
;)
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