17.6.04

Maquiavel, Madre Teresa e os outros que somos nós

Ultimamente tenho ouvido muito esta frase: "Às vezes para fazer o bem, é preciso fazer primeiro o mal". A mim parece-me já um chavão recorrente nos malfeitores com "escrúpulos"... Mas a maldade é uma só, não produz nenhum tipo de bem e não dá alegria, nem mesmo àqueles que a praticam. Então para quê induzir em erro os que são vítimas dela, como se no futuro ainda fossem beneficiar das dores que lhes infligiram? Já sofri na pele a maldade dos outros, alimentei raivas, planeei vinganças quentes e frias, e jurei depois perdoar mas não esquecer... E este é precisamente o ponto em que me encontro neste momento: Perdoei, mas não esqueci. Sei que o mal não se combate com o mal, mas não consigo ainda combatê-lo com o bem. Deixei de engendrar vinganças, prossigo na prática da indiferença.

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