Furos e carimbos com fartura
A banalização crescente de piercings e tatuagens está a subverter aquilo que foi em tempos a alegoria destes gritos de guerra contemporâneos - marcar a diferença. Ser diferente é bom, não é fácil mas é bom. Parece-me é que ultimamente se massifica a diferença. À custa de querer ser diferente acaba-se por ser igual aos outros todos, porque os caminhos para a diversificação são cada vez mais estreitos. Lembro-me, a propósito deste assunto, da proverbial demarcação do meu amigo LM que disse logo que nem pensar, se tivesse que ter feito era há muitos anos atrás, quando os piercings e as tatuagens ainda chocavam alguém. O LM nem nessa altura teria feito. Tenho a certeza que este quarentão arranjou outras formas de povoar os pesadelos dos professores, pais e vizinhos. Hoje tenho amigos com argolitas no umbigo, tatuagens na nádega... Até lhes acho piada, sinceramente. Há alguns que são elementos estéticos interessantes, mas, que me perdoem as minhas fashion victims, já não há paciência para tantos furos, carimbos, roupa desportiva e ténis coloridos...
<< Home