em guarda
"Quando pedi aos meus leitores que fossem ao Rossio para lembrar simbolicamente as quatro mil vítimas do massacre de 19, 20 e 21 de Abril de 1506, nos dias em que passam 500 anos sobre o acontecimento – de forma absolutamente voluntária e desprovida de uma qualquer estrutura ou “organização” – nunca imaginei que poderia ser intimado a explicar-me e a expor as razões subjacentes a tal iniciativa (...) tenho medo do esquecimento."
Rua da JudiariaQue importa se foi há quase 2000 anos, se há 500 ou se há 60? A história da Humanidade é feita de atropelos à liberdade de expressão e de crimes cometidos em nome de deus. Acender uma vela no Rossio ou em casa, ou simplesmente dentro de nós, em memória de massacres passados, pode fazer muito mais pelo nosso futuro do que imaginamos. Pode ser um sinal de que estamos atentos, em guarda. O esquecimento é um tiro no pé. Tem razão o Nuno Guerreiro. Felizmente, uma das boas razões de ser da diversidade humana e cultural é que cada um traz à memória o que a memória fez, e faz, por si. É isso a riqueza da civilização, onde ela ainda existir.
5 Comments:
Infelizmente não é preciso recuar tanto no tempo para relembrar vítimas de tudo quanto é injustiça e estupidez humana. Basta recuar até ao último noticiário...Os exemplos da História, vulgo efemérides, deveriam ter essa qualidade profiláctica de nos prevenir de cair nos mesmos erros do passado. Mas a memória do homo sapiens é muito, muito curta e volta e meia lá estamos a embarcar em mais uma atrocidade. E as piores são as cometidas por povos inteligentes e civilizados porque uma vez que estabeleças um argumento e acredites nele, ou faças os outros acreditar, é fácil cair na brutalidade barbárica apoiado nesse mesmo agumento.
Há sempre quem lembre a justiça no mundo.
Em guarda, minha amiga, em guarda.
Bravo! Não esquecerei.
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