posse

Um dos maiores afrodisíacos é o sentimento de posse. Querer possuir e ser possuído é, enquanto a tomada não acontece, um exercício de prazer.

O facto de qualquer ser normal saber que jamais alguém será de alguém é apenas a caução vitalícia, a raíz da sanidade mental... Entretanto, tentamo-nos constantemente com a ideia de entrega e de domínio dos sentidos e do corpo do outro, e sujeitamo-nos à vivência curta e avassaladora da paixão. O melhor da posse é que dura enquanto quisermos. Depois dela, é melhor enveredar por uma sociedade por quotas, com auditorias frequentes. Talvez assim não se entre em falência emocional.